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STAR WARS
(De Coronel Philip J. Corso e William Birnes )


(...) Estávamos convencidos de que, fossem quem fossem os extraterrestres dos UFOs, eles estavam se intrometendo no nosso planeta, agindo com imprudência, e nos manipulando constante e secretamente. Mas se tratava de um segredo que tinha a nossa total cumplicidade, pois não estávamos dispostos a admitir a verdade e travar a guerra. Os militares que sabiam o que estava acontecendo também achavam que talvez estivesse ocorrendo uma invasão que era mais uma infiltração. Eu achava que eles estavam comprometendo os nossos próprios sistemas de defesa e governo, e quando chegasse o momento do conflito aberto, nós já estaríamos com a guarda aberta e vulnerável. Se as EBEs (Entidades Biológicas Extraterrestres) já estivessem por aqui há muito tempo (como sugeri, certa vez, ao general Trudeau), elas não poderiam ter visto os troianos rebocando o enorme cavalo de madeira, que os gregos deixaram para conseguir atravessar os portões abertos da cidade deles?

(...) Em 1962, Arthur Sylvester, um dos assistentes do secretário da defesa, disse à imprensa, numa entrevista, que se o governo julgasse necessário, por motivos de segurança nacional, ele não forneceria informações sobre UFOs nem mesmo ao Congresso, quanto mais ao público americano. Agora que eu me encontrava no Pentágono, entendia perfeitamente de que modo a Força Aérea estava agindo para assumir o controle de todo o problema UFO. A NASA tinha autorização do presidente para conduzir a exploração espacial, mas os militares ainda precisavam se defender contra a ameaça UFO, apesar de termos sido impedidos em todas as ocasiões.

Os projetos "Saint" e "Blue Gemini" da Força Aérea, anos depois, foram conseqüências do USAF 7795, o número código do primeiro programa anti-satélites da USAF, uma operação agressiva imaginada para localizar, seguir e destruir satélites de vigilância inimigos, ou, mais importante ainda, UFOs em órbita. Usando a tecnologia que havíamos desenvolvido na R&D, a Força Aérea e depois o exército estavam dando os passos iniciais para defender o sistema de mísseis dos EUA contra os ataques soviéticos no espaço e proteger o planeta das intromissões de UFOs.

O "Saint" era um satélite vigia orbital contra UFOs, uma versão de um "Agenda B", um satélite padrão que a CIA andou usando, que tinha a bordo uma câmera de TV e um sistema de radar de rastreamento e localização de alvo. Sua missão era a vigilância: descobrir um satélite inimigo em potencial, ou um UFO sorrateiro em órbita, apontar para ele uma câmera de TV e segui-lo com o radar. Assim que estivesse na mira, o "Blue Gemini", um satélite "matador", entraria em ação.

Um dos projetos desenvolvidos pela Hughes Aircraft, um fornecedor de defesa aérea de primeira qualidade e construtor de satélites, o "Blue Gemini" foi uma versão militar da cápsula Gemini tripulada da NASA. Sua missão, pura e simples, era arremeter, de uma órbita mais alta, e liquidar ou danificar um satélite inimigo ou um UFO. Se possível, o "Blue Gemini" tentaria "capturar" um UFO em órbita, deixando-o imobilizado e à espera de uma missão tripulada por astronautas militares, para uma "caminhada no espaço" e a recuperação do que fosse possível. Essas duas armas foram posteriormente dispostas em formação de combate, sob o disfarce de outras missões, é claro, e hoje fazem parte de uma das linhas de defesa do sistema de vigilância antimíssil e antiUFO.

"Saint" e "Blue Gemini" foram importantes primeiros passos em nossa guerra contra os UFOs. A tecnologia que surgiu da R&D do Exército, nos anos 60, retirada dos próprios alienígenas, nos deu a habilidade de nos defender dos alienígenas, ainda que, nas horas que se seguiram a Roswell, a nossa situação parecesse de total impotência. Do mesmo modo que muitos produtos saídos da R&D foram usados com fins militares, eles também tiveram utilidade para o consumidor. E, hoje, se você observar a pequena antena parabólica que capta imagens de satélites para a sua televisão, e estão por todo o país, você verá a marca Hughes. Trata-se de um exemplo de como a tecnologia, originalmente dirigida para uso militar, acabou se tornando um dos produtos de consumo do dia-a-dia.

(...) Durante os últimos 50 anos, a guerra contra os UFOs tem prosseguido, enquanto tentamos nos defender das suas intromissões. Os satélites "caçadores-matadores" Hughes da década de 70 foram os nossos primeiros passos no desenvolvimento de um sistema de defesa planetária para oferecer uma ameaça real as EBEs. Quando, no final dos anos 70, ao percebermos que a arma de energia direcionada e o laser de alta energia eram mais eficientes do que satélites demolidores, a nossa habilidade de defesa foi aumentada ainda mais. Reconhecemos que, aplicando igualmente a tecnologia que encontramos em Roswell e a percepção de Tesla (Nikola Tesla - filho de um pastor ortodoxo sérvio, ele é o cientista que dizem ter criado o "raio da morte de Tesla": raio acelerador de partículas no qual as partículas subatômicas eram estimuladas por um campo de energia direcionada a um alvo específico a uma velocidade próxima da luz. Posterior ao seu falecimento, suas anotações foram confiscadas pelo governo iugoslavo e, provavelmente - EMBORA NEGADO - microfilmados pelos EUA antes da URSS botar as mãos nos papéis.) de um raio de partículas em nossos mísseis anti-satélites e equipamento laser localizador de alvos, conseguiríamos a veloz capacidade de mira-disparo rápido exigida por esse tipo de defesa. Mas continuávamos com o jogo de camuflagem, apesar de os russos, finalmente, terem reconhecido que talvez fosse necessária uma cooperação entre as superpotências para enfrentar uma ameaça comum.

Nos anos 80, o presidente Reagan e o dirigente Gorbachev concordaram sobre a necessidade de uma cooperação contra um inimigo comum. Embora nenhum dos dois admitissem francamente a ameaça das EBEs e as hostilidades alienígenas, eles reconheceram que, se os Estados Unidos e a União Soviética conseguissem colocar de lado as suas diferenças e partilhassem uma política para defender o espaço em volta da Terra, ambas as superpotências se beneficiariam. De sua parte, o presidente Reagan pressionou para um rápido desenvolvimento e utilização de uma tecnologia de defesa baseada no espaço para a defesa do planeta. Chamada de "Iniciativa de Defesa Estratégica" e apelidada zombeteiramente de STAR WARS pela imprensa, ela foi descrita pelo próprio presidente Reagan como um "escudo defensivo que não machucará as pessoas, mas eliminará armas nucleares antes que elas possam machucar as pessoas".

(...) Não era para abater milhares de ogivas dos soviéticos lançadas contra nós, e os soviéticos sempre se lixaram para o tratado ABM, pois sabiam que jamais tomaríamos a iniciativa de um primeiro ataque, e nunca tomamos. Os dois governos sabiam quais eram os verdadeiros alvos da SDI (Star Wars), e não se tratava de um bando de ICBM (Mísseis Nucleares Intercontinentais). Eram os UFOs, espaçonaves alienígenas que se achavam invulneráveis e invisíveis, enquanto pairavam na nossa atmosfera, arremetiam velozmente, à vontade, para destruir as nossas comunicações com rajadas eletromagnéticas, tiravam finos de nossas naves espaciais, colonizavam a superfície lunar, mutilavam o gado em suas horrendas experiências biológicas, e até mesmo abduziam seres humanos para experimentos médicos e mestiçagem de espécies. E o que é pior, tínhamos que deixar que fizessem isso, pois não possuíamos armas para nos defender.

Essas criaturas não eram seres alienígenas bondosos que vieram iluminar o espírito dos seres humanos. Eram, na verdade, humanóides modificados geneticamente, autônomos, entidades biológicas clonadas, que coletavam espécimes biológicas da Terra para suas experiências. Por sermos incapazes de nos defender, permitíamos que eles se intrometessem à vontade. E isso fazia parte das coisas com as quais o grupo de trabalho teria de lidar. Tínhamos negociado uma espécie de rendição a eles, já que não podíamos combatê-los. Eles ditaram os termos, pois sabiam que o que mais temíamos era a revelação. Esconda a verdade, e a verdade se torna sua inimiga. Revele a verdade, e ela se torna sua arma. Escondemos a verdade e as EBEs a usaram contra nós, até 1974, quando, pela primeira vez, abatemos realmente uma nave alienígenas sobre a base da Força Aérea de Ramstein, na Alemanha.

Uma vez lançados, os nossos laseres de alta energia baseados no espaço, ou HEL, agiram como os relâmpagos das noites de 3 e 4 de julho de 1947, que afetaram de tal modo os propagadores de ondas eletromagnéticas da espaçonave sobrevoando Roswell, que os pilotos não conseguiram manter o controle de seu veículo. Posteriormente, percebemos que o que aconteceu, naquela ocasião, foi uma versão natural da rajada de um avançado raio de partículas, que derrubou um UFO durante sua tentativa de fuga. Ao criarmos a nossa avançada arma de raio de partículas e a testarmos em órbita para todo mundo ver, as EBEs souberam, e sabíamos disso, que tínhamos estabelecido a defesa de nosso planeta.

Gorbachev acredite se quiser, ficou contente, pois o presidente Reagan garantiu que os Estados Unidos também estenderiam o seu escudo de proteção em volta da União Soviética. Os dois líderes, é claro, apertaram as mãos e se abraçaram em público. O que os dois conseguiram juntos, cooperando em vez de combater, não foi uma espécie de milagre. As coisas pelas quais combatíamos passaram a ter uma importância minúscula diante da ameaça de criaturas tão superiores a nós em tecnologia, que éramos os seus animais domésticos para serem utilizados a seu bel-prazer. Mas, depois que os Estados Unidos e a URSS concordaram, no início dos anos 80, em não lutar um contra o outro, por causa desse ou daquele território, e colaborar para a derrota de um inimigo comum, nos tornamos imbatíveis. Agora, quando o ônibus espacial acopla na MIR, e astronautas e cosmonautas brindam com vodca exprimida de seus tubos plásticos e olham para a escura vastidão do espaço, sabem que existe um escudo eletrônico em volta deles.

(...) E o que penso a respeito de tudo isso, sobre o que aconteceu e o que fiz? Acredito que, por estar, na época, muito envolvido na rotina de um oficial militar de informações, não parei para pensar nas implicações dos UFOs e das EBEs. Eu sabia que estávamos travando uma Guerra Fria com os soviéticos e uma guerra de escaramuças com os extraterrestres. Acreditava que as intenções deles eram, e ainda são, hostis, e creio que demos os passos necessários para desenvolver o armamento capaz de abrandar a sua ameaça. Aliás, as forças armadas americanas possuem armas melhores, mais precisas e mais potentes para destruir UFOs do que as mostradas no filme INDEPENDENCE DAY.

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